UM DRINK NO INFERNO


Gosto de mulheres com calças de couro. E quando eu a vi entrando no bar, sozinha, dentro daquela justíssima calça com uma blusinha folgada que parecia estar pendurada apenas nos seios e a barriga à mostra, eu tive uma arritmia cardíaca e fui cumprimentá-la.

- Adoro mulheres com calças de couro – falei. Eu já estava bastante alto.

Ela ficou muda bebendo seu drink e me encarou.

- Não é de couro, é látex – ronronou. – Como as roupas de sadomasô.

Uma breve arritmia.

O que está bebendo?- perguntei.

- Chama-se Devil’s Kiss – disse e me ofereceu um gole.

Era uma das melhores bebidas que eu já havia tomado. Comentei que o beijo de verdade do diabo devia ser ainda melhor. Ela então disse que era filha dele e me ofereceu um beijo. Eu sorri e a beijei. Quase queimei a boca e dei um salto para trás assustado.

- Eu te avisei que sou filha do diabo – ela sorriu.

Saímos dali e fomos para sua casa. Havia uma iluminação toda vermelha com pentagramas pela parede e velas espalhadas pela sala toda. A porta se fechou sozinha atrás de nós.

Ela começou a me beijar e senti uma dormência pelo corpo e não consegui me mover. Ela me deixou no chão. Tirou minha roupa, montou sobre mim e disse que eu podia fazer um pedido.

- Quero me casar com você – disse eu.

Ela voltou a me beijar e senti meu coração acelerando muito e um calor do caralho. Então apaguei.

Só lembro-me de ter acordado numa enorme cama, com uma energia de um garoto de 15 anos, mas meu coração não batia mais. Ela apareceu no quarto sorrindo.

- Eu aceito – falou.

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