Sua saia longa e o decote que parecia sufocá-la não
conseguiam esconder a sua verdadeira espiritualidade. Ela se esforçava para me
explicar como Jesus retornaria e como nos salvaria de todos os pecados. Ou era
Deus? Não prestei atenção. Era mesmo uma santa. Eu estava apaixonado. Como
fazia muito calor a convidei para entrar e tomar um copo d’água. Ela sentou-se
e peguei duas cervejas na geladeira. Entreguei uma a ela. Ela sorriu olhando
para baixo e recusou. Sentei ao seu lado e dei um beijo no seu pescoço suado e
salgado. Dei um gole na minha cerveja e ofereci novamente. Ela aceitou.
- Quando mesmo que Ele volta? – perguntei
Ela abriu a blusa e falou, com os lábios tocando minha boca,
que me deixava ser Ele. Pude sentir seu hálito imaculado como se fosse uma longa
tragada. Era a sua autorização. E o meu deleite.
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