Não fazia a mínima ideia do que ela queria. Mas percebi pela sua voz que estava muito tensa. falou apenas para eu a esperar no lugar de sempre. Quando cheguei ela bebia um Martini.
- Estamos mortos – disse ala. A coitada tremia.
- Relaxa. O que houve?
- O Ed descobriu tudo. Ele apontou a arma pra mim ontem à noite e disse que vai nos matar e nos dar para os porcos.
- Você já viu esses porcos? – perguntei.
- Sim. Enormes.
Pedi um uísque sem gelo.
- Bem, precisamos agir rápido, então. Volte para casa e arrume suas coisas. E amanhã fugimos – falei e nos despedimos.
Quando cheguei em casa, havia um porco velho no meu quintal. Enorme com cara de louco. Recuei, voltei para o carro e liguei para Lia. Deu na caixa postal. Olhei no retrovisor e vi um carro preto se aproximando. Arranquei, e ao dobrar a esquina quatro homens em motos me cortaram a frente. Acelerei, os derrubando. Sempre fui um bom motorista, então dobrei rápido em uma esquina e vi o carro preto batendo de frente com um caminhão de lixo. Eu estava com o tanque cheio, então dirigi para o oeste. The west is the Best. O sol se despedia laranja e gordo. E eu tinha uma garrafa de conhaque quase cheia dentro do porta-luvas. Consegui parar de pensar nos porcos.